Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Pernambuco sediará lançamentos regionais da 6º Marcha das Margaridas nos dias 8 e 9 de maio. O lançamento no Sertão do São Francisco acontecerá em Petrolina, nesta quarta-feira (8). Já no Agreste Central será em Caruaru, na quinta-feira (9). As duas mobilizações devem envolver 300 trabalhadoras rurais que participarão de debates sobre os eixos centrais do grande ato nacional da Marcha, que acontecerá dias 13 e 14 de agosto, em Brasília (DF). As atividades estão sendo organizadas pela Comissão Estadual de Mulheres, assessorias dos Polos Sindicais e a Diretoria de Política para Mulheres da Fetape. 


 Os momentos vão abordar as pautas de lutas que representam as mulheres do campo, da cidade, das águas e das florestas.  Uma das pautas é a produção da alimentação agroecológica no país que é realizada respeitando o meio ambiente e livre de agrotóxicos, ao contrário do agronegócio no país. 

“A Marcha não acontece apenas nesse grande ato, a cada quatro anos. Ela se dá continuamente, porque as mulheres trabalhadoras rurais continuam em defesa e na luta pela manutenção dos direitos que ainda temos. E uma das nossas grandes bandeiras de luta é a previdência pública. Se essa reforma [PEC 06 da reforma da previdência] passa, ela acaba com o direito da trabalhadora rural”, destaca a diretora de Política para Mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento. 

O primeiro lançamento regional aconteceu em Ibimirim, no submédio São Francisco.  Os lançamentos vão ocorrer nos dez polos sindicais rurais de Pernambuco.  Até agosto também acontecerão assembleias, reuniões em associações, rodas de conversa, participação em programas de rádio, entre outras estratégias. Uma das principais ações é a arrecadação de recursos para custear a ida de duas mil mulheres à grande mobilização popular. Para isso, estão sendo vendidos produtos como canecas, camisetas, bolsas e bottons personalizados, além da venda de rifas, bingos e caixas solidárias. Os pontos de venda funcionam nos sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais do Estado e na Fetape.

“A luta pelos direitos das trabalhadoras do campo, das águas e da floresta é benéfica a toda a sociedade. Quando a trabalhadora rural pode continuar produzindo, tem seus direitos assegurados e tem a dignidade respeitada, toda a sociedade ganha. Devemos reconhecer que esse campo, esse lugar que alimenta nossa nação, não é o agronegócio. Então é a agricultura familiar é a trabalhadora rural quem cumpre com esse papel social”, afirma a diretora Adriana do Nascimento. 

Marcha das Margaridas – O ato que está em sua sexta edição teve início no ano 2000, e acontece a cada quatro anos. A Marcha homenageia a líder sindical paraibana, Margarida Maria Alves, que dedicou a vida a lutar pelos direitos de trabalhadores e trabalhadoras rurais. Margarida foi assassinada por latifundiários.

 

Fonte: FETAPE

 

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