Durante a reunião, o Governador Paulo Câmara se comprometeu a trabalhar, já a partir de agosto, para solucionar o conflito. Afirmou que atuará para que o traçado da ferrovia não passe por dentro das cidades, evitando o despejo das famílias, como outrora havia assumido o ex-governador Eduardo Campos. Segundo representantes dos moradores ameaçados de despejo, o sentimento " é de confiança nas palavras do Governo, mas também estamos em alerta.
Caso o compromisso não seja cumprido e os despejos ocorrerem, estaremos preparados para nos mobilizar e resistir".
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Na tarde de ontem, 25/07/2016, foi realizada audiência com o Governador do estado de Pernambuco, Paulo Câmara, para discutir os impactos provocados pela revitalização do trecho sul da antiga ferrovia da Rede Ferroviária Federal, que servirá à implantação de empreendimento empresarial da Transnordestina. A obra está ameaçando de despejo judicial mais de 15.250 pessoas que vivem nos municípios de Quipapá, São Benetido do Sul, Maraial, Jaqueira, Catende, Palmares, Joaquim Nabuco, Gameleira, Ribeirão, Escada e Cabo de Santo Agostinho.
A audiência foi solicitada ao Governo estadual pelo bispo da Diocese de Palmares, Dom Henrique Soares. Além do religioso, estiveram presente representantes dos moradores atingidos, prefeitos de vários municípios impactados, vereadors e representantes de organizações sociais que acompanham o caso, como a Comissão Pastoral da Terra.
Os moradores atingidos pela Transnordestina há meses vinham alertando os órgãos de governo acerca dos imensuráveis impactos sociais e ambientais provocados pela reativação do trecho sul da ferrovia. A principal reivindicação das famílias ameaçadas pela Transnordestina é a alteração do traçado da ferrovia e a permanência em suas moradias, sendo muitas construídas há mais de trinta anos.
Durante a reunião, o Governador Paulo Câmara se comprometeu a trabalhar, já a partir de agosto, para solucionar o conflito. Afirmou que atuará para que o traçado da ferrovia não passe por dentro das cidades, evitando o despejo das famílias, como outrora havia assumido o ex-governador Eduardo Campos. Segundo representantes dos moradores ameaçados de despejo, o sentimento " é de confiança nas palavras do Governo, mas também estamos em alerta. Caso o compromisso não seja cumprido e os despejos ocorrerem, estaremos preparados para nos mobilizar e resistir".
Comissão Pastoral da Terra - Regional NE 2