Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

“Moradores temem ficar isolados do resto da cidade. Obras que já duram cerca de dois anos diminuiu acesso ao bairro e micro empresas instaladas às margens da BR, estão fechando as portas”, centenas de moradores dos bairros do Cruzeiro e de Sucupira, em Arcoverde-PE no sertão do estado, realizaram um protesto na manhã de hoje (11), contra as obras da Transnordestina. 
 
A manifestação foi realizada de forma pacífica e contou a participação dos moradores que queimaram pneus e bloquearam a BR por alguns minutos. A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, o GATI, a vereadora Célia Cardoso e um Procurador Estadual estiveram presentes e conversaram com os moradores. 
 
De acordo com o projeto, parte da BR 232, foi retirada para construir uma linha férrea e posteriormente reconstruir a BR. A obra que já dura cerca de dois anos está em sua fase final e uma mudança no projeto inicial irritou os moradores. Se a mudança for mantida, haverá um desnível de cerca de 50 cm entre a BR e as ruas, impossibilitando o trajeto de veículos e pessoas, que terão de utilizar um retorno bem distante do que existia antes do início da obra.
 
Segundo Roberto Cavalcanti, diretor da Associação Aliança, entidade representativa do bairro, a insatisfação da comunidade se deu não só pelo transtorno da obra, mas pela falta de diálogo entre empresa e a comunidade. “No início, a empresa fez reuniões conosco e com os moradores para apresentar o projeto, prometendo inclusive ações sócio assistenciais no bairro, até para minimizar os impactos e transtornos da obra. Mas, na realidade, o bairro do Sucupira está isolado do resto da cidade e o acesso aos serviços de segurança, viaturas, ambulâncias e transporte escolar é prejudicado. Com essa limitação de acesso e a construção desse retorno distante do que existia anteriormente, cremos que haverá desvalorização dos imóveis na área. Os moradores querem que seja mantido o acesso do bairro Sucupira pela Rua José Ferreira de Lima até a José de Siqueira Brito, que dá acesso ao Hospital e ao centro da cidade ” – justifica.
 
Prejuízos - Os impactos negativos da obra que já se arrasta há cerca de dois anos, é bastante visível. O posto de gasolina, os dois hotéis, uma churrascaria e dezenas de mercadinhos, bares e borracharias, que margeiam a BR, ficarão isolados, com a construção desse retorno. Muitos estabelecimentos já fecharam as portas.
 Fonte: opovocomanoticia.blogspot.com.br

 

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