Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Nesse domingo, 20, famílias do acampamento Antônio Pinto, situado no Engenho Retirada, em Caaporã (PB), paralisaram a ação ilegal de oito homens que estavam extraindo madeira da área preservada pelos acampados e acampadas. De acordo com as famílias, os homens não apresentaram qualquer autorização ou licença e alegaram prestar serviço para terceiros. No local, foram encontrados um caminhão utilizado para o transporte das madeiras, um trator carregadeira e motosserra. Os camponeses e camponesas retiveram as máquinas para paralisar imediatamente a ação e acionaram a Polícia Militar e a Polícia Ambiental para tomarem as devidas providências.

Para o agente da CPT, Tiago Pinto, “este ato de destruição é um absurdo e criminal. Num tempo em que a questão ambiental é debatida em toda sociedade e em todo mundo por lideranças de grande expressão, como o Papa Francisco, assistimos à irracionalidade agindo de acordo com as orientações do governo federal, sem compromisso com a vida e com a natureza”.

Sobre o imóvel: O Engenho Retirada possui aproximadamente 700 hectares e é ocupado por 60 famílias desde 2012, quando a usina Cruangi paralisou suas atividades. Sem garantia do recebimento dos direitos trabalhistas, agricultores e agricultores ex-funcionários da usina ocuparam o imóvel e substituíram o plantio de cana-de-açúcar pela agricultura familiar. Atualmente a área possui plantação de feijão, macaxeira, inhame, batata-doce, frutas e hortaliças que abastecem as feiras de Goiana - PE, Caaporã - PB, Alhandra - PB e as feiras agroecológicas em João Pessoa - PB. As famílias cobram do Incra a  desapropriação da área para fins de Reforma Agrária. 

Com informações da CPT João Pessoa (PB)

Imagem: Equipe CPT João Pessoa (PB)


Extração ilegal de madeira é encontrada por famílias do acampamento Antônio Pinto, em Caaporã (PB) 

 

 

 

 

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