“Não há depois, o depois é agora”, alerta José de Souza Martins em seu artigo “Depois da Pandemia”. Pensando com o sociólogo, sobre sermos melhores agora e construirmos com pequenos passos e gestos singelos o amanhã que virá, a CPT na Diocese Campina Grande e a juventude da comunidade Campos Novos, município de Sossego (PB), produziram várias mudas de árvores frutíferas. A ação, que ocorreu no último dia 19, não só contribui para reflorestar áreas degradadas na região, mas fortalece a esperança da juventude camponesa.
De 2015 a 2018, a depressão entre jovens cresceu 115%, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Ministério da Saúde. Com a pandemia, essa situação se torna ainda mais preocupante não apenas para os/as jovens, mas também para a saúde coletiva, das famílias e das comunidades. Produzir e distribuir mudas também é uma terapia ocupacional, além de fazer parte das ações para “adiar o fim do mundo”.
A iniciativa teve início em dezembro de 2020. Foi uma forma encontrada pela juventude camponesa na região para agradecer o envolvimento de suas comunidades na campanha de solidariedade que realizaram naquele ano para doar alimentos à população que passa fome nos centros urbanos. Com a produção de mudas, as meninas e os meninos do campo também encontraram um novo modo de comunicar que é preciso replantar a comunidade, a vizinhança e o planeta. Por isso, tomando todos os cuidados necessários em razão da pandemia, decidiram em 2021 dar continuidade à produção e à doação das mudas frutíferas para que, como dizem os/as jovens, “não falte nem o verde das plantas nem a comida”.
Vamos juntos por:
Vida – O solo e a Caatinga são nossa vida!
Pão – Cuidar dos solos, plantar alimentos!
Vacina – Esperamos para todos e todas e louvamos pelos que já tomaram!
Educação – É um processo também de aprender e de contribuir para que outros entendam a necessidade de cuidar do planeta a partir de nossas casas.
Imagem e Fonte: Equipe CPT Campina Grande (PB)