Famílias camponesas que vivem no assentamento João Pedro Teixeira, em Mogeiro/PB, viveram momentos de terror no último dia 26 de setembro. Um grupo de capangas da Fazenda Fazendinha, que faz divisa com o assentamento, efetuou disparos, mas precisamente nas proximidades da antiga estação ferroviária. Um agente pastoral da CPT, que estava no local a fim de se reunir com as famílias, foi perseguido por dois dos capangas armados. Os camponeses acionaram a polícia e o agente pastoral da CPT teve que sair da localidade escoltado pela polícia até a cidade de Mogeiro.
Por volta das 22h do mesmo dia, os capangas retornaram ao assentamento e atearam fogo na residência de uma das famílias camponesas. Tudo foi destruído: roupas, alimentos, documentos, móveis e eletrodomésticos. De acordo com o Frei Anastácio, “Os capangas fizeram isso atentando contra a vida da família de um trabalhador que estava alojado na casa incendiada, desde que deixou as terras de Fazendinha, por força de reintegração de posse. A fazenda Fazendinha pertence a José Otávio de Almeida Silveira, que promoveu a ação de reintegração de posse, na qual o trabalhador que teve a casa queimada é um dos ex-posseiros das terras”, explicou o deputado o deputado.
A região onde está localizado o município de Mogeiro é marcada por ações violentas protagonizadas por capangas de grandes proprietários de terra da localidade. De acordo com as famílias camponesas acompanhadas pela CPT e que reivindicam o direito à terra, o clima é de muita tensão na região e os episódios de ameaças se intensificaram após o assassinato da liderança camponesa de Mogeiro, Ivanildo Francisco da Silva, em abril de 2016.
Com informações da CPT em João Pessoa e do Mandato do Deputado Estadual Frei Anastácio