Cacique Geusivan Silva de Lima faleceu neste domingo após uma semana em coma com suspeita de morte cerebral. A informação foi enviada ao Blog pela Professora Mércia Batista, da Universidade Federal de Campo Grande. Mércia coordena o curso de licenciatura intercultural indígena, realizado junto aos professores Potiguara, e uma de suas alunas é/era casada com o cacique assassinado.
Ainda de acordo com a informação de Mércia Batista, a família agora está em João Pessoa, procurando liberar o corpo, que está no Instituto Médico Legal. Ainda não há informações sobre o local do enterro e o horário.
O cacique Geusivan, de 30 anos, foi atingido com dois tiros na cabeça na noite do dia 31, quando jogava dominó na praça da aldeia Brejinho, município de Marcação, no litoral norte da Paraíba. Segundo uma testemunha, dois pistoleiros se aproximaram e mandaram que ele deitasse de bruços. A pessoa que estava com o cacique - Claudemir Ferreira da Silva, conhecido como Cacau – , tentou defendê-lo, mas foi sumariamente executado.
Deitado no chão, Geusivan foi baleado em seguida com pelo menos três tiros, dois dos quais na cabeça, causando perda de massa encefálica. Segundo a testemunha, antes de fugir um dos assassinos disse: “Agora só faltam dois”, deixando claro que há mais mortes encomendadas.
As primeiras notícias chegadas da Paraíba informam que Geusivan havia morrido no local. No entanto, apesar da gravidade do ferimento ele ainda respirava e, levado para o hospital, assim continuou por uma semana. Mais informações sobre a execução e a situação dos Potiguara pode ser lidas clicando em Cacique Potiguara segue em estado grave depois de sofrer atentado na Paraíba.
Fonte: Racismo Ambiental, 06/08/2012