Inicia hoje (05) na cidade de União dos Palmares, Zona da Mata de Alagoas, o Acampamento Estadual da Juventude Sem Terra. A atividade que marca o processo de organização, formação e luta da juventude do MST, reúne jovens de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária, organizados pelo MST no estado.
Debates, oficinas e uma série de atividades culturais integram a programação que vai até o próximo domingo (09). Os jovens se reúnem para refletir sobre o momento atual e pensar a participação no futuro das lutas pela Reforma Agrária. “Nosso Acampamento é resultado de um processo que envolve toda juventude do MST. Os próximos dias serão momentos de debates e proposições da Juventude Sem Terra para o conjunto do movimento”, explica o membro da direção nacional do MST, José Neto.
Entre as atividades, na tarde desta sexta-feira (07), os jovens inauguram o “Bosque da Resistência”, em que serão plantadas mil mudas de árvores como parte da campanha “Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis”, impulsionada pelo MST com a perspectiva de plantar 10 milhões de árvores em todo o país no próximo período. O ato reúne amigos e parceiros da luta pela terra e Reforma Agrária no estado.
Conforme Neto, o Acampamento da Juventude Sem Terra demarca a disposição, a criatividade e rebeldia dos jovens em continuar o processo de luta no campo e cidade. “A Juventude Sem Terra está presente em todos os espaços da nossa organização, nas lutas, nos momentos de formação, na defesa dos nossos territórios. Somos sujeitos fundamentais na construção da Reforma Agrária Popular”, relembra o dirigente.
O Acampamento também conta com o Festival Cultural da Juventude Sem Terra, com uma diversidade de atividades culturais e artísticas durante todos os dias de atividade.
Para Leandra Lima, do Coletivo de Juventude do MST, a cultura e a arte são conteúdos indispensáveis na formação e construção da identidade dos Juventude Sem Terra. “Além de trazer os nossos parceiros artistas de Alagoas para partilhar sua arte, nosso Festival também provoca nossa juventude dos acampamentos e assentamentos a fazer e compartilhar sua arte, seja na música, dança, nas artes plásticas ou na literatura”, comentou.
Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
*Editado por Solange Engelmann