MISSÃO E ESPERANÇA NO CAMPO.
Cuidar da terra e organizar a luta. Plantar a semente: produzir vida.
Por causa de sua própria justiça, Javé queria engrandecer e glorificar a sua lei; mas o seu povo é um povo espoliado e roubado, todos presos em cavernas, trancados em prisões. Isaías 42, 22-23
Somos o povo da esperança! Temos uma missão de cuidar da terra e organizar as lutas por direitos. Somos guardiões e guardiãs da boa semente, aquela que produz alimento e vida.
Estamos ameaçados! As elites políticas e econômicas arquitetam, tramam contra os nossos direitos e conquistas. Planejam nos matar de trabalhar, sem o direito a aposentadoria. Militarizaram a Pasta da Reforma Agrária e incentivam a violência física, psicológica e moral contra as comunidades campesinas, indígenas e quilombolas.
Seremos resistência! Somos como o mandacaru, resistimos aos tempos secos e às terras áridas. Ressurgimos nas primeiras chuvas.
Honraremos a memória dos mártires! As nossas irmãs e irmãos que foram assassinados por dedicarem suas vidas à construção de um mundo justo e fraterno. O sangue derramado de Margarida Alves, padre Josimo Tavares, irmã Dorothy Stang, Marielle Franco… é sinal e testemunho que nos alimentam na longa e difícil jornada.
Continuaremos em luta! Assumimos o compromisso de organizar, ainda mais, as nossas comunidades; priorizar a juventude camponesa; proteger e formar a criançada, produzir alimentos saudáveis; realizar feiras camponesas; fortalecer a fé e a profecia, construir lutas conjuntas com os movimentos sociais do campo e da cidade. Ser sinal de esperança.
Barra de São Miguel, 13 de março de 2019.