Cerca de 200 trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem Terra ocupam, desde a manhã da terça-feira, 14, a sede da Prefeitura de Atalaia, na Zona da Mata alagoana. Os manifestantes reivindicam melhorias nos assentamento e acampamento da cidade, além de obras estruturantes da Reforma Agrária no município.Esta não é a primeira vez que os camponeses realizam manifestações para cobrar melhorias na vida das famílias que vivem em acampamentos e assentamentos. Eles cobram da prefeitura que garantam, pelo menos, as condições mínimas de moradia e sobrevivência, a exemplo de acesso à educação, saúde e fomento à agricultura.
Segundo a assessoria de comunicação do MST, a pauta de reivindicação dos camponeses inclui a reforma e ampliação da Ciranda Infantil Dorcelina Folador, localizada no assentamento Milton Santos, que recebe crianças dos assentamentos, acampamentos e povoados da região. “Não podemos aceitar o descaso da prefeitura com esse importante espaço para os trabalhadores e trabalhadoras rurais em Atalaia. A Ciranda é uma conquista, mas que precisamos garantir que ela funcione de maneira efetiva, com condições dignas de funcionamento para receber as crianças da região”.
A pauta também exige a abertura e a reforma em outras escolas nos assentamentos do município. A ação cobra da prefeitura o fomento de atividades produtivas no município, em especial envolvendo os jovens que vivem nas áreas de assentamento, além da construção de uma unidade de beneficiamento de macaxeira para geração de trabalho e renda aos camponeses.
“Atalaia é um município com diversos acampamentos e assentamentos da reforma agrária e o poder municipal não pode ignorar a vida e a realidade dos que vivem no campo, como uma questão que também precisa ser encarada pelo conjunto do município. Nossas demandas aqui são as necessidades básicas para garantir que todos possam viver no campo de maneira digna todas as dimensões da vida”, disse a coordenação do MST.
fonte: Página Alagoas 24 Horas.