Insatisfeitos com uma decisão judicial que impede a realização da Feira da Reforma Agrária no centro de Joaquim Gomes, trabalhadores rurais ligados ao Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) bloquearam as ruas do bairro, na manhã desta quarta-feira (7), com frutas, verduras e legumes e também ocuparam a sede da prefeitura municipal.
De acordo com a direção do movimento, a decisão da Justiça saiu após um pedido da prefeitura. "Acreditamos que seja perseguição política. A feira acontece todas as quartas-feiras na cidade que representa o maior complexo democrático, pois tem assentamentamentos e acampamentos dos quatro movimentos sociais no estado. Somente do MLST tem 17 assentamentos lá".
A direção do MLST destacou à reportagem do G1 que a feira é de grande importância aos agricultores e população. "Vem gente de outros municípios, além dos próprios moradores da cidade. Um dia de feira chega a movimentar R$ 50 mil. Os trabalhadores levam sua produção e quase sempre voltam sem nada, possibilitando o escoamento do que é plantado por nós. A Câmara Municipal chegou até a aprovar um Projeto de Lei que declara a Feira da Reforma Agrária como utilidade pública, mas não foi sancionada, por causa do afastamento do prefeito", afirmou o presidente do movimento, Josival Oliveira.
O chefe do executivo da cidade, Antônio de Araújo Barros, o “Toinho Batista”(PSDB) foi afastado temporariamente do cargo pelo juiz da comarca Gilvan de Santana. Ele foi acusado de improbidade administrativa. A vice-prefeita Ana Genilda Couto Costa, que denunciou o prefeito, assumiu o cargo.
Segundo o MLST, na ação, a prefeita alega que a Feira da Reforma Agrária promove a sensação de insegurança no município.
Fonte:site G1