Cinco dos sete trechos de rodovias interditados na manhã desta terça-feira (18) continuam fechados nesta tarde. Desses, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que três são de rodovias federais, que seguem interditados por integrantes de movimentos sociais. Segundo a equipe plantonista, os pontos de bloqueio são em União dos Palmares, na BR-104, Messias e Novo Lino. Os dois últimos, na BR-101.
O coordenador do Movimento Via do Trabalho (MVT), Marcos Antonio, confirmou que cinco dos sete pontos – de rodovias federais e estaduais – fechados hoje pela manhã continuam bloqueados. “Já tivemos marcadas reuniões na Caixa Econômica Federal para amanhã, e com o Incra para segunda-feira. Desbloqueamos os trechos de Maragogi e São Luís do Quitunde”, declarou Marrom.
Também foram interditados trechos da AL-413, em São Luís do Quitunde e Maragogi, na região Norte. O movimento social, que congrega trabalhadores rurais sem-terra e famílias sem-teto, tem uma pauta extensa de reivindicação, que cobra celeridade no processo de reforma agrária no Estado e políticas públicas de habitação eficientes.
O protesto em São Luís do Quitunde, durou 4 horas e foi promovido por famílias sem-teto que ocupam, desde sábado passado, 58 casas do Conjunto Santo Inácio II, cuja obra, iniciada em 2009, faz parte do Programa Minha Casa, Minha Vida, mas ainda não foi concluída. Após negociações com o 6º Batalhão de Polícia Militar (6°BPM), os manifestantes desbloquearam a rodovia.
Em Maragogi, famílias sem-teto que invadiram, no ano passado, um hotel abandonado, interditaram a AL-101 Norte nas proximidades do Sítio Burgalhau. Após intervenção do 6º BPM, os manifestantes encerraram o protesto pouco depois.
Já em Porto Calvo, outro município prejudicado com a sequência de protestos, os manifestantes bloquearam a AL-105, no distrito de Massiape, cobrando a instalação de lombadas na rodovia. Naquele trecho, já foram registrados acidentes com vítimas fatais. A rodovia liga os municípios de Porto Calvo a Jacuípe e a Jundiá. A estrada está bloqueada desde o início da manhã.
A mesma rodovia foi interditada no trecho entre Porto Calvo e Matriz do Camaragibe. O protesto durou menos de uma hora e foi suspenso pelos próprios manifestantes acampados à beira da pista, sob a bandeira do MVT. Eles cobram vistorias nas áreas pretendidas para reforma agrária, obras de infraestrutura nos assentamentos e combate à venda irregular de lotes de terra.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou o bloqueio em Novo Lino, na BR-101, mas não informou detalhes sobre o protesto.
Os sem-terra do MVT interditaram ainda a rodovia federal no trecho entre Messias e Flexeiras, nas proximidades da extinta Usina Bititinga.
Fonte: Gazetawen Maragogi