Os camponeses que fazem parte da Comissão da Pastoral da Terra (CPT) ainda permanecem ocupando a agência da Caixa Econômica Federal, no bairro do Farol, ao lado do Shopping Cidade. Eles estão no local desde o final da tarde desta quinta-feira (27). O grupo reivindica um terreno na cidade de Murici, no qual eles já estão alojados, mas que ainda está em nome do banco.
Clientes e funcionários estão sendo impedidos de acessar os caixas dentro da agência para realizar qualquer serviço. Parte do grupo também invadiu a Secretaria de Educação do Estado, localizado no Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa).
Jailson Tenório, que participa da articulação da Pastoral da Terra, esteve em reunião com representantes da CEF, para tentar uma solução para o caso, mas o encontro acabou sem acordo. Segundo os camponeses no local, a liberação da agência e da secretaria só irá acontecer depois que forem atendidas as reivindicações.
Segundo Tenório, o acampamento conhecido como “Mubuca”, localizado em Murici, é ocupado pelas famílias há mais de 15 anos e, há seis, o banco tem o poder de penhora do terreno. A solução apontada pelo grupo é de que a Caixa negocie o terreno com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para indenizar as famílias.
O Instituto por sua vez, alega que só negociaria com o banco caso fosse assinado uma cláusula, onde a Caixa se responsabilizaria por futuras ações judiciais em relação a propriedade. A reunião acabou sem acordo das partes e a invasão ao prédio continua. Ainda de acordo com Tenório, uma nova reunião irá acontecer amanhã, para procurar alternativas para solucionar o impasse.