De 12 a 15 de setembro, o MST realiza a 13ª Feira da Reforma Agrária, na Praça Afrânio Jorge (Praça da Faculdade), em Maceió (AL). Uma verdadeira cidade Sem Terra já está sendo montada em mutirão pelos camponeses para abrigar a produção de assentamentos e acampamentos de todo estado. A Cerimônia de Abertura está marcada para as 17h30 desta quarta-feira (12).
O evento tem se destacado no calendário da capital Maceió por todos os anos levar a um grande número de pessoas o significado e os frutos gerados pela realização da Reforma Agrária. Apesar de todas as dificuldades estruturais na execução da política agrária, os assentamentos e acampamentos, com esforço coletivo, garantem a circulação de alimentos saudáveis, que chegam diariamente à mesa do trabalhador.
“A Feira é uma demonstração do papel que cumpre a Reforma Agrária, seja na democratização da terra, seja na produção de alimentos saudáveis, ou ainda na geração de trabalho e renda para as famílias”, afirma José Roberto Silva, da direção nacional do MST. “É uma retribuição à sociedade do resultado das lutas que o MST tem travado no estado. Fica mais uma vez o convite à sociedade para tanto conhecer como apoiar esta luta”, acrescenta.
Repetindo o sucesso do ano anterior, o Festival de Cultura Popular da 13ª Feira da Reforma Agrária traz ao palco atrações locais e uma nacional. O violeiro Pereira da Viola (MG) se apresenta na noite de abertura do evento. Além das festividades e comercialização de alimentos, diversos espaços alternativos estão sendo preparados, com exposições e debates.
Campo e cidade se unem na Praça da Faculdade
Ano após ano, a Feira da Reforma Agrária vem atraindo mais público e expandindo suas ações que já vão além da venda dos alimentos de áreas da Reforma Agrária. Na sua 13° edição em Alagoas, a Feira chega à capital alagoana com diversas atividades em sua programação.
A Tenda de Educação Popular em Saúde, por exemplo, é uma das alternativas oferecidas. Em parceria com outros movimentos sociais da cidade, a tenda trará para a praça da faculdade exposições de experiências na área da saúde e educação popular, além de rodas de conversas sobre o tema.
Outro local que também movimentará a programação da feira é a tenda para a juventude do MST, com oficinas e rodas de conversas durante todos os dias. Experimentos em agroecologia e a cultura Sem Terra também vão ter espaços especiais nessa edição. Todas as noites, o Festival de Cultura Popular trará ao palco, grandes atrações culturais que prometem fazer a animação das noites.
Afirmando-se como um importante momento de diálogo entre campo e cidade, a Feira traz para a capital inúmeros elementos que representam a vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e sua luta pela Reforma Agrária no Estado. Com a programação vasta, a Feira traz de maneira ampla o debate da Reforma Agrária para a população de Maceió, compreendendo-o não somente como a luta pela terra, mas pela busca de educação, saúde, cultura, uma vida digna do campo e contra as injustiças sociais.
Por Rafael Soriano
Da Página do MST