Seguem as discussões dentro do governo brasileiro sobre um modelo de desenvolvimento alternativo que alie progresso econômico e preservação ambiental na Amazônia. A Academia Brasileira de Ciências (ABC) pretende apresentar até o final do ano, um estudo que mostre alternativas para os trabalhadores que hoje vivem do corte de madeira na região.
O avanço do agronegócio na Amazônia, representado principalmente pela pecuária e cana-de-açúcar, mais a exploração ilegal da madeira, são os principais responsáveis pelos altos índices de desmatamento registrados no ano passado.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada na Amazônia em 2007 é do tamanho de 320 mil campos de futebol.
A irregularidade fundiária é outro agravante da situação. De acordo com um estudo publicado recentemente pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon), aproximadamente um terço das propriedades existentes na região são irregulares. Os donos dessas áreas são considerados posseiros, pois não possuem título de propriedade das terras.
A ABC quer que o estudo apresente idéias para o desenvolvimento de outras atividades na região, principalmente nas áreas de biotecnologia, biocosméticos, medicamentos e criação de peixes. No entanto, o órgão não discute soluções para os problemas da posse ilegal da terra.
Fonte: Radioagência NP - SP, Juliano Domingues.