A CTNBio decidiu pelo não adiamento da Audiência Pública, que acontece no próximo dia 20 de março, sobre os sete tipos de milhos transgêncios que aguardam decisão da comissão para serem comercializados. Dentre os sete tipos, apenas o produzido pela Bayer foi parcialmente avaliado pela comissão, porém só terá a sua possível comercialização liberada após a realização da Audiência Pública, determinada pela justiça no final do ano passado.
A reivindicação dos ambientalistas e de parte dos conselheiros da CTNBio era que a Audiência Pública pudesse ser adiada para que fosse repensada uma maior participação da sociedade civil. Outro argumento utilizado foi a necessidade de tempo para que fosse cumprida a determinação da procuradora Maria Soares Cardioli, de que todas as pesquisas científicas fossem traduzidas para o português.
A reunião da CTNBio foi marcada por protestos do Greenpeace que acompanhou os conselheiros da CTNBIo do hotel onde estava hospedados até o local da reunião fazendo pedidos para a não liberação dos milhos transgênicos. O Greenpeace e outras ONGs que trabalham com a questão da transgenia vêm fazendo constantes protestos para conter os avanços do plantio e comercialização das sementes geneticamente modificadas. Segundo o documento “Registros de Contaminação Transgênica", organizado pelo Greenpeace e entregue a todos os conselheiros da CTNBio, o ano de 2006 foi marcado pelo maior número de acidentes de contaminação com transgênicos dos últimos dez anos.