Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Encerrou-se na tarde de hoje, 5 de julho, a Plenária Anual da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), realizada desde o dia 2 em Florianópolis-SC. O evento reuniu representantes de redes, organizações sociais e movimentos populares engajados na construção da agroecologia no Brasil, com o objetivo de promover um espaço de escuta, análise regional, reflexões, denúncias e levantamento de propostas que irão guiar as ações do movimento ao longo do ano.

Setor de comunicação da CPT, com informações da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)

 

A plenária foi marcada por um amplo processo de debate que permitiu aos/às participantes compreender os principais desafios para o fortalecimento da agroecologia e para a defesa dos territórios  no atual cenário nacional.

Representando a Comissão Pastoral da Terra, a agente pastoral da Paraíba Vanúbia Martins reforçou que, diante da crise climática e do colapso ambiental, é urgente combater o modelo capitalista predatório e ampliar a luta em defesa dos territórios e da Casa Comum. Vanúbia também anunciou que a CPT está se preparando para seu Congresso Nacional em julho de 2025, que comemora o jubileu de 50 anos da organização, sob o tema "Presença, Resistência e Profecia" e com o lema "Romper cercas e Tecer Teias: a terra a Deus Pertence".

Como parte da programação, foi realizada uma audiência na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), no dia 4, onde representantes do movimento agroecológico de várias regiões do país apresentaram propostas e reivindicações. Durante a audiência, a agroecologia foi identificada como a ação que dá respostas aos efeitos da emergência climática e à fome. Também foi ressaltada a importância de políticas públicas específicas, com orçamento adequado para sua implementação e que atendam às necessidades das comunidades camponesas e tradicionais, guardiãs da agroecologia. 

Além disso, um dos pontos de destaque da plenária foi a discussão sobre o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), previsto para ser lançado pelo governo federal no próximo dia 16 de julho. Os/as representantes da ANA enfatizaram que o Planapo deve incluir a implementação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), cujo principal obstáculo até o momento tem sido o Ministério da Agricultura (MAPA).

Com o encerramento da Plenária da manhã de hoje, a avaliação das organizações sociais e movimentos que atuam em defesa da agroecologia é que o espaço foi um marco fundamental para estreitar a cooperação e a luta em defesa não apenas da produção de alimentos saudáveis, mas especialmente de um modelo de agricultura que exista em harmonia com o meio ambiente e com os povos que cuidam da Casa Comum.

 

Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

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