Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

BRASÍLIA – Além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e das organizações dos sem-teto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) também pressiona o governo por reforma agrária.

Fonte: Jornal do Commercio PE

A direção da Contag foi recebida ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, e cobrou a definição de metas de assentamento, além da ampliação dos recursos para financiamento da safra de R$ 10 bilhões para R$ 12 bilhões.

“Sem a definição de metas, o governo fica sem compromisso de ter que responder por aquilo, sai de um compromisso que deveria assumir. O governo tem que dizer o que vai fazer para um setor tão importante”, disse o presidente da Contag, Manoel dos Santos.

A Contag, no entanto, evita se vincular ao Abril Vermelho. A confederação prepara para o período de 14 a 18 de maio o Grito da Terra, em Brasília, precedido de manifestações nos Estados.

“Tratamos da nossa pauta. A pauta do MST o presidente trata com o MST. Não vamos tratar de ocupação de terra”, afirmou Santos. As reivindicações da Contag são 160 e vão desde o aumento dos recursos para financiamento da safra à reestruturação das escolas agrotécnicas, passando por mais dinheiro para assistência técnica e combate à violência no campo. A Contag pede ainda que a reforma da Previdência não retire direitos dos trabalhadores e que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não atenda apenas aos interesses principalmente dos trabalhadores.

“O presidente se comprometeu a recomendar que os ministérios que têm interface com a nossa pauta debatam as reivindicações. Esse foi o comprometimento do presidente”, disse Manoel Dias, acrescentando: “A pauta é de pressão. Os trabalhadores virão a Brasília e farão manifestações nos Estados, mas também de negociação”.

 

Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Rua Esperanto, 490, Ilha do Leite, CEP: 50070-390 – RECIFE – PE

Fone: (81) 3231-4445 E-mail: cpt@cptne2.org.br