Ameaça de despejo no Acampamento Irmã Dorothy em Itaquitinga
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Cerca de 140 famílias do Acampamento Irmã Dorothy, localizado em Itaquitinga, Zona da Mata Norte de Pernambuco. As famílias, ligadas à Comissão Pastoral da Terra, estão no local há mais de dez anos e, em grande parte, são ex-funcionários do Engenho Veneza, autor da Ação de Reintegração de Posse.
De acordo com documento encaminhado para a Juíza da Comarca de Itaquitinga, no último dia 07 de agosto, pelo Promotor Agrário do Ministério Público Estadual, Edson Guerra, que pede a suspensão da ordem de despejo, o Acampamento Irmã Dorothy não está localizado em área do Engenho Veneza e sim em suas proximidades. O documento alega ainda que a parte autora, por não ser proprietária da área ocupada, é ilegítima para requerer o desalojamento das famílias.
O Promotor apresenta também no documento um parecer do Juiz da Comarca de Condado, José Saraiva, que acumulava a Comarca de Itaquitinga quando os proprietários do Engenho Veneza entraram com o pedido de reintegração de posse, que suspendeu a ação de despejo do Acampamento Irmã Dorothy por entender que a área ocupada não pertencia ao Engenho Veneza.
Hoje, o Promotor Agrário do Ministério Público Estadual e representantes da CPT farão uma visita à Juíza da Comarca de Itaquitinga para apresentar à magistrada o parecer do Juiz da Comarca de Condado, que acumulou a Comarca de Itaquitinga quando a Juíza titular estava de férias, e que tem parecer favorável às famílias. De acordo com Marluce Melo, da Coordenação Estadual da CPT, o parecer do Juiz de Condado foi feitos depois de uma inspeção judicial no local do acampamento, quando foi constatado que as famílias não estavam em áreas do Engenho.
As famílias reivindicam a área do Engenho Veneza.