Cerca de sessenta jovens camponeses e camponesas da Região Metropolitana, zona da mata, agreste e sertão do estado de Pernambuco participarão de atividade de intercâmbio e formação, que será realizada entre os dias 07 e 09 de outubro, no município de Sertânia/PE. O intercâmbio acontecerá mais precisamente no acampamento de trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra denominado "Fortaleza", às margens do canal da transposição do Rio São Francisco, próximo à BR-110.
A atividade tem como objetivo ser mais um momento de formação e de trocas de experiências entre esses jovens que fazem parte do curso de formação Residência Agrária: "juventude Camponesa - agroecologia e educomunicação", realizado através de parceria entre o Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato (LEPEC/UFPE) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), com apoio do Pronera/Incra e Cnpq.
Durante esses dias, os jovens, junto com os/as trabalhadores/as rurais acampados/as, agentes pastorais da CPT, estudantes universitários e professores da UFPE e UFAL estarão reunidos em um momento de reflexão e estudo sobre a Reforma Agrária e o grandes projetos do capital presentes no sertão pernambucano. Dentre os principais focos do estudo, estão os impactos sociais e ambientais provocados pela transposição do rio São Francisco.
"A atividade de intercâmbio no curso de formação surgiu da necessidade da troca de experiência entre os jovens das diversas comunidades camponesas (assentamentos, áreas de posse, comunidades quilombolas e áreas de conflitos) acompanhadas pela CPT. Ao longo de todo o curso, as reflexões sobre o tema da Terra, da agroecologia e dos impactos das grandes obras do capital, são feitas a partir das diferentes realidades dos povos do campo. Por isso, a escolha do local de realização desse intercâmbio [um acampamento sem-terra às margens da Transposição] se deu justamente para que possamos apreender melhor a realidade dos impactos, além de fortalecer a solidariedade e refletir sobre o nosso papel frente à conjuntura atual, que é de retrocessos e de negação de direitos aos povos do campo", ressaltou Rosana Bevenuto, aluna do curso de Residência Agrária.
Para outra estudante do curso, Conceição Ferreira, da comunidade Varzinha dos Quilombolas, em Iguaracy/PE, "o intercâmbio pra mim será uma experiência nova e a importância dele é que vai me fortalecer como jovem do campo, que esta cada vez mais fragilizado com a conjuntura atual no Brasil. Vai também me mostrar a realidade que os trabalhadores acampados estão vivendo. Espero sair de lá com uma nova visão para continuar na luta."
Sobre o curso:
O curso "Juventude Camponesa: agroecologia e educomunicação" é realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato (Lepec) vinculado ao Departamento de Geografia da UFPE. O curso conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA/INCRA).
Iniciado em janeiro de 2015, o curso de Residência Agrária funciona através da pedagogia da alternância. Durante os períodos em que estão todos reunidos nos chamados módulos do Tempo Escola, os jovens dedicam-se ao estudo sobre o contexto agrário brasileiro, os conceitos trabalhados pela geografia agrária, as formas de resistência dos povos do campo e a agroecologia. Além de discutir as temáticas relacionadas à questão agrária, os jovens também estudam os mecanismos de constituição discursiva dos meios de comunicação de massa sobre as lutas camponesas. Mas não só isso, durante o curso, os jovens também se apropriam de ferramentas midiáticas para dar visibilidade ao modo de produção camponês e denunciar as violações de direitos ocorridas contra as comunidades em seus territórios.
Durante o tempo em que estão nas comunidades, os jovens realizam diversas atividades de estudos e leituras. Também são realizados diversos encontros para trocas de experiências entre os jovens, além de debates e outras atividades que possam fortalecer a organização da juventude e das comunidades. Desde que o curso foi iniciado, vários jovens passaram a se organizar em grupos no intuito de fortalecer as práticas de produção camponesa desenvolvidas por suas famílias. Para os agentes pastorais de CPT, este é um dos fatores mais importantes: quando a juventude camponesa assume o papel de protagonista na organização não somente de grupos de jovens, mas também da comunidade inteira; quando tomam para si a responsabilidade de lutar por direitos e transformar a realidade de conflitos ao lado dos demais membros da comunidade. O curso está previsto para se encerrar em maio de 2017.
A atividade tem como objetivo ser mais um momento de formação e de trocas de experiências entre esses jovens que fazem parte do curso de formação Residência Agrária: "juventude Camponesa - agroecologia e educomunicação", realizado através de parceria entre o Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato (LEPEC/UFPE) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), com apoio do Pronera/Incra e Cnpq.
Durante esses dias, os jovens, junto com os/as trabalhadores/as rurais acampados/as, agentes pastorais da CPT, estudantes universitários e professores da UFPE e UFAL estarão reunidos em um momento de reflexão e estudo sobre a Reforma Agrária e o grandes projetos do capital presentes no sertão pernambucano. Dentre os principais focos do estudo, estão os impactos sociais e ambientais provocados pela transposição do rio São Francisco.
"A atividade de intercâmbio no curso de formação surgiu da necessidade da troca de experiência entre os jovens das diversas comunidades camponesas (assentamentos, áreas de posse, comunidades quilombolas e áreas de conflitos) acompanhadas pela CPT. Ao longo de todo o curso, as reflexões sobre o tema da Terra, da agroecologia e dos impactos das grandes obras do capital, são feitas a partir das diferentes realidades dos povos do campo. Por isso, a escolha do local de realização desse intercâmbio [um acampamento sem-terra às margens da Transposição] se deu justamente para que possamos apreender melhor a realidade dos impactos, além de fortalecer a solidariedade e refletir sobre o nosso papel frente à conjuntura atual, que é de retrocessos e de negação de direitos aos povos do campo", ressaltou Rosana Bevenuto, aluna do curso de Residência Agrária.
Para outra estudante do curso, Conceição Ferreira, da comunidade Varzinha dos Quilombolas, em Iguaracy/PE, "o intercâmbio pra mim será uma experiência nova e a importância dele é que vai me fortalecer como jovem do campo, que esta cada vez mais fragilizado com a conjuntura atual no Brasil. Vai também me mostrar a realidade que os trabalhadores acampados estão vivendo. Espero sair de lá com uma nova visão para continuar na luta."
Sobre o curso:
O curso "Juventude Camponesa: agroecologia e educomunicação" é realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato (Lepec) vinculado ao Departamento de Geografia da UFPE. O curso conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA/INCRA).
Iniciado em janeiro de 2015, o curso de Residência Agrária funciona através da pedagogia da alternância. Durante os períodos em que estão todos reunidos nos chamados módulos do Tempo Escola, os jovens dedicam-se ao estudo sobre o contexto agrário brasileiro, os conceitos trabalhados pela geografia agrária, as formas de resistência dos povos do campo e a agroecologia. Além de discutir as temáticas relacionadas à questão agrária, os jovens também estudam os mecanismos de constituição discursiva dos meios de comunicação de massa sobre as lutas camponesas. Mas não só isso, durante o curso, os jovens também se apropriam de ferramentas midiáticas para dar visibilidade ao modo de produção camponês e denunciar as violações de direitos ocorridas contra as comunidades em seus territórios.
Durante o tempo em que estão nas comunidades, os jovens realizam diversas atividades de estudos e leituras. Também são realizados diversos encontros para trocas de experiências entre os jovens, além de debates e outras atividades que possam fortalecer a organização da juventude e das comunidades. Desde que o curso foi iniciado, vários jovens passaram a se organizar em grupos no intuito de fortalecer as práticas de produção camponesa desenvolvidas por suas famílias. Para os agentes pastorais de CPT, este é um dos fatores mais importantes: quando a juventude camponesa assume o papel de protagonista na organização não somente de grupos de jovens, mas também da comunidade inteira; quando tomam para si a responsabilidade de lutar por direitos e transformar a realidade de conflitos ao lado dos demais membros da comunidade. O curso está previsto para se encerrar em maio de 2017.