Além de madeireiras, o madeireiro Décio José Barroso Nunes, conhecido como Delsão, condenado agora por trabalho escravo, é o mesmo que responde a processo pelo assassinato do sindicalista José Dutra da Costa Neto, o “Dezinho”, crime ocorrido em Rondon, no ano de 2000.
(Fonte: Marabá Notícias)
Madeireiras de Marabá foram condenadas ao pagamento de verbas trabalhistas, danos morais e existenciais, a um funcionário que trabalhou em situação análoga à escravidão. A sentença foi proferida pelo juiz substituto da 4ª Vara do Trabalho de Marabá, Francisco José Monteiro Junior. As empresas condenadas foram a Madeireira Barroso; a Jacaré Indústria, Comércio e Transporte; Madeireira Urubu; Décio José Barroso Nunes, o “Delsão”, e a Madeireira Paricá.
De acordo com o processo, o trabalhador exerceu a função de cozinheiro por 17 anos e foi resgatado durante uma fiscalização móvel do Ministério Público do Trabalho, em 2013. Na ocasião, foram verificadas irregularidades e violação dos direitos trabalhistas como jornada exaustiva, sem direito a repouso semanal remunerado e férias.
Ao analisar os pedidos de indenização, a Justiça do Trabalho condenou as madeireiras ao pagamento de R$ 50 mil por danos existenciais e R$ 100 mil por danos morais.
Delsão – Para quem não sabe, o madeireiro Décio José Barroso Nunes, condenado agora por trabalho escravo, é o mesmo que responde a processo pelo assassinato do sindicalista José Dutra da Costa Neto, o “Dezinho”, crime ocorrido em Rondon, no ano de 2000, quando Dezinh9o liderou uma ocupação em propriedade que seria pertencente a “Delsão”.
Mais recentemente, em julho de 2013, “Delsão” foi acusado de envolvimento num caso de ameaça de morte ao juiz do Trabalho em Marabá, Jonatas dos Santos Andrade, que teria sentenciado o fazendeiro com a penhora de 18 veículos e cerca de 900 cabeças de gado em uma ação trabalhista.