Comissão Pastoral da Terra Nordeste II


Sem Terra já deram início a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária deste ano, que concentra a maior parte das suas ações entre os dias 15 a 18 de abril.


Marchas, ocupações de terra e prédios públicos e trancamento de rodovias são algumas das ações utilizadas pelos trabalhadores rurais para denunciarem o modelo do agronegócio no campo brasileiro e apresentarem a agroecologia como alternativa ao capital estrangeiro na agricultura.


Em entrevista, Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, ressalta a importância das mobilizações e de ações que tem como objetivo pressionar o governo para garantir o cumprimento do seu papel na garantia da função social da terra.


"As bandeiras levantadas pelo Movimento dialogam diretamente com as necessidades de mudanças para o avanço da Reforma Agrária, como por exemplo, a Reforma Política.Temos clareza que frente a um congresso extremamente conservador e reacionário, que não representa o povo brasileiro, somente com uma reforma política que impulsione a mudança de sua forma e conteúdo é possível avançarmos, também, na realização da Reforma Agrária".


Para ler e entrevista na íntegra, clique aqui


Lutas desta quarta-feira


AL


Em Alagoas as rodovias a BR 316, BR 101, em Flexeiras e a BR 104 na cidade de União dos Palmares, estão bloqueadas desde o início dessa manhã pelos Sem Terra. Já no Agreste, cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras ocupam a sede da Águas do Agreste em Arapiraca (CAB), empresa responsável, através de Parceria Público-Privada, pela gestão de abastecimento de 10 cidades da região. Os Sem Terra denunciam  que o destino da água está à serviço da mineração, beneficiando a empresa Vale Verde.

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SP


Cerca de 200 pessoas trancaram a rodovia que liga São Paulo ao Pontal do Paranapanema.  Os Sem Terra exigem a criação de mais assentamentos, maior agilidade do poder judiciário para liberar a desapropriação de terras, infraestrutura para os assentamentos, mais créditos, construções de casas, entre outros assuntos.

 

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Em paralelo a Jornada de Lutas do Movimento, sindicatos e movimentos sociais também vão às ruas dia 15 por direitos trabalhistas. – entre os quais MTST, CUT e MST. O ato desta quarta-feira (15) é contra o projeto de lei das terceirizações (PL 4.330) e a redução da maioridade penal e em defesa da reforma política, do fim do financiamento privado de campanhas e pela taxação de grandes fortunas.


Em São Paulo, a concentração será às 17h, no Largo da Batata, na zona oeste da capital.


Ocorrerão mobilizações também no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba. A CUT propõe que seja um dia nacional de paralisações contra o PL das terceirizações. De acordo com a entidade, o projeto não melhora as condições de trabalho dos 12,7 milhões de terceirizados (26,8% dos trabalhadores) e ainda amplia a possibilidade de estender esse modelo de contratação para a atividade-fim da empresa, o que hoje é proibido no Brasil.

 

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