Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a condenação de integrantes de uma organização especializada em grilagem de terras e crimes ambientais em Novo Progresso, no sudoeste do Pará. Ao todo, o MPF pediu 1077 anos de prisão para os acusados. O grupo foi preso em 27 de agosto e seus integrantes serão indiciados por 17 tipos de crimes. A operação Castanheira envolvia a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a Receita Federal e o MPF. A denúncia relata que o grupo desmatava e incendiava terras públicas invadidas e as vendia como fazendas por até R$ 20 milhões.

De acordo com a investigação, pelo menos, 15,5 mil hectares foram desmatados pela quadrilha resultando em um prejuízo ambiental equivalente a, no mínimo, R$ 500 milhões. Ainda segundo o MPF, os que promoveram negócios com esse tipo de quadrilha podem estar sujeitos às mesmas penas que os integrantes acusados. Parte da quadrilha está em prisão preventiva, parte já conseguiu relaxamento da prisão e outros estão foragidos. Em relação aos que já foram soltos, o MPF já recorreu à Justiça para pedir a manutenção das prisões.


Desmatadores de peso 


A BR-163, onde a quadrilha atuava, concentrou cerca de 10% de todo o desmatamento da Amazônia nos últimos dois anos. Na data da operação Castanheira, a taxa de desmatamento semanal era de mais de 3,4 mil hectares. Logo na semana seguinte às prisões, porém, esse índice despencou para menos de 900 hectares. E, na primeira semana de setembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou desmatamento zero.


Para o MPF, essa tendência de queda no desmatamento deve continuar caso as prisões sejam mantidas. Além disso, a instituição anunciou que outras quadrilhas com atuação semelhante estão sendo investigadas pela operação Castanheira.

 

 

Fonte: Brasil de Fato

 

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