Os invasores pouparam a área dos escritórios e as plantações de manga. Segundo o MST, as famílias vieram de bairros da periferia e da Zona Rural de Petrolina. Eles disseram que o Incra havia sido avisado da ação. “A água está cortada, nenhum sistema de irrigação está funcionando. O proprietário praticamente já decretou abandono e a empresa tem débitos muito grandes com bancos”, afirma o coordenador do MST Florisvaldo Araújo .
O diretor comercial da fazenda, Elizaudo Pires, contesta as acusações. “Nós estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis para a desocupação. A gente precisa retomar nosso trabalho, não podemos ficar parados”, afirma.
O segurança da empresa, que estava no local no momento da invasão, disse que os trabalhadores quebraram o portão, mas não houve tumulto e a ocupação ocorreu tranquilamente. “Não estamos aqui com rebelião nem com briga, mas querendo um direito que é nosso”, afirma o trabalhador rural Laércio Oliveira.
Durante a manhã, eles fizeram a limpeza da área e demarcaram o terreno. “A gente vai permanecer até a semana que vem, construindo nossos barracos, até o Incra vir aqui cadastrar as famílias”, afirma a trabalhadora rural Lucilene Santos.
fonte: pe360graus,com