Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

De 1988 a 2006, o manguezal existente entre a Paraíba e Pernambuco perdeu 40 quilômetros quadrados de áreas, o que equivale a uma redução de 35,32%. Na Mata Atlântica foram 152 quilômetros quadrados (52,35%). No mesmo período, as áreas cultivadas com cana-de-açúcar aumentaram em 18,48% e os espaços urbano-industriais em 49,05%. Esse é o resultado do estudo divulgado, ontem, pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
O Pesquisador e coordenador de Meio Ambiente da Fundaj, Neison Freire, explicou que o trabalho foi realizado através da comparação de imagens de satélites dos seis municípios estudados: Goiana, Ilha de Itamaracá, Itapissuma, Igarassu (Pernambuco) e Pitimbu e Caaporã (Paraíba). “Fizemos um retrato das regiões e temos evidencias irrefutáveis da degradação dessas áreas ao longo de quase 20 anos”, afirmou o pesquisador.

Além das questões ambientais, o estudo também revela as mazelas sociais causadas pela devastação dos biomas. “As áreas são grandes berçários para diversas espécies de animais e servem como reserva protéica para as populações ribeirinhas, que vivem da pesca e da extração dos mariscos”, explicou Neison Freire.

A Pesquisa completa será divulgada no final do ano, mas o estudo preliminar será encaminhado às prefeituras dos municípios devastados e ao governo do Estado. O Ministério do Meio Ambiente também receberá uma cópia do material.

 

Fonte: Jornal do Commercio

 

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