Os moradores da comunidade do Povoado Ouricuri, da Zona Rural de Atalaia, aliados às famílias organizadas no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reivindicam condições estruturais para a região, que agrega um dos maiores números de assentamentos e acampamentos do Estado. Cerca de 300 trabalhadores estão agora mobilizados na BR-316 (próximo ao posto de Polícia Rodoviária Federal) para cobrar do Governo do Estado e Incra a conclusão de estradas e da Eletrobrás (distribuição Alagoas) a regularização do abastecimento de energia.
Em questão estão a estrada principal de acesso ao Povoado Ouricuri, a qual depende do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-AL) para ser concluída, e as estradas já iniciadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que dão acesso aos assentamentos Varese, Brasileira, Ipê Amarelo e São Macário. Estas últimas apresentam, segundo Débora Nunes da Direção Nacional do MST, “situação mais crítica, em que crianças têm de se deslocar à pé por cerca de 5 a 8 km para ir a escola”.
Com relação à Eletrobrás, a reivindicação é pela regularização do abastecimento de energia elétrica, que, segundo os trabalhadores, é sempre oscilante. “Falta energia constantemente, já tendo ficado por até 5 dias sem eletricidade em algumas áreas”, relata a dirigente. A articulação para mobilizar a comunidade aconteceu entre o MST e a Associação de Moradores do Povoado Ouricuri, que sofrem de situação comum na região.
O pano de fundo das reivindicações é a necessidade de infra-estrutura para assentamentos de Reforma Agrária poderem produzir, escoar a produção e viverem com dignidade em seus territórios. As famílias necessitam, além do acesso à terra, de assistência técnica qualificada e condições infra-estruturais básicas como distribuição de água e energia, estradas e pontes de acesso, escolas, postos de saúde, tudo de responsabilidade do Poder Público em todas as esferas (do municipal ao Federal).
Outras informações:
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Rafael Soriano
Assessoria MST-AL