Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

No fim de maio, quatro trabalhadores rurais que denunciavam o desmatamento clandestino foram mortos nos estados de Rondônia e Pará

Portal Amazônia com informações da AFP

RIO DE JANEIRO — A organização humanitária Anistia Internacional (AI) pediu no último dia 02 de junho, às autoridades brasileiras que atuem e coloquem fim à matança de agricultores e ativistas ambientais na região amazônica, assim como à impunidade para os assassinos.

 

 

No fim de maio, quatro trabalhadores rurais que denunciavam o desmatamento clandestino foram mortos nos estados de Rondônia e Pará, regiões que estão entre as mais violentas do Brasil em matéria de conflitos agrários.

Três destas quatro pessoas já vinham recebendo ameaças de morte, que tinham denunciado às autoridades locais, assim como ocorreu com a missionária americana Dorothy Stang, assassinada em 2005 por defender camponeses sem-terra em Anapu, no estado do Pará.

“As autoridades brasileiras devem atuar para impedir os assassinatos na Amazônia”, pediu a AI em comunicado.

A entidade lembrou na mensagem que os assassinatos ocorreram em um momento em que o Congresso discute um novo Código Florestal que flexibiliza a proteção das florestas.

De acordo com a organização humanitária, a aprovação do Código “pode gerar mais conflitos (…), porque os pequenos camponeses ficarão mais vulneráveis às pressões dos grandes proprietários de terras e dos madeireiros clandestinos”.

A Anistia lembrou “a longa história de impunidade que reina na região e a ausência de leis”, e, por isso, exortou o governo a prender e condenar os assassinos.

“A falta de presença efetiva do Estado nessas regiões, assim como a falta de vontade política para intervir nessas situações, fazem com que as elites rurais possam usar a força impunemente contra militantes ecologistas e ruais”, afirmou a entidade.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica, em torno de 1.500 pessoas foram assassinadas no Brasil desde 1985 nos conflitos agrários, e menos de 100 pessoas foram condenadas pelos crimes.

fonte:  http://www.portalamazonia.com.br/secao/noticias/anistia-pede-que-brasil-atue-diante-de-mortes-na-amazonia

 

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