Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

A Feira da Esperança e da Solidariedade atraiu um público diversificado nos dias 1º e 2 de abril, no Mirante ao lado da Igreja São Gonçalo em Maceió. Moradores das adjacências, fiéis da Igreja Católica e vários turistas passaram no local para prestigiar o trabalho desenvolvido em áreas da reforma agrária. A atividade foi promovida pela Arquidiocese de Maceió em parceria com a CPT, MST, MLST e MTL.


O auxiliar administrativo Wilson Sampaio, afirmou que sempre vai às feiras agrárias promovidas na Praça Afrânio Jorge conhecida por Praça da Faculdade, mas é a primeira vez que saiu do bairro do Feitosa para ir até a Feira da Esperança e da Solidariedade. “Aqui está só o povo que gosta realmente de trabalhar. No Brasil, a reforma agrária é muito difícil porque muitos deles [agricultores] não se valorizam. Enquanto uns trabalham, outros ficam bebendo cachaça ou vende os lotes. E eu não acho justo utilizar o meu dinheiro [recurso federal] em locais que não produzem e essas pessoas deveriam ser punidas”, defendeu.

Cerca de 20 toneladas de alimentos foram comercializadas na Feira da Esperança e da Solidariedade. Participaram da atividade, camponeses oriundos do sertão alagoano e zona da mata, e dentre as áreas representadas destacam-se: Assentamento Todos os Santos (Água Branca); Assentamento Nossa Senhora da Conceição (Água Branca); Assentamento Rio Bonito (Flexeiras); Assentamento Dom Helder Câmara (Murici); Acampamento Galho Seco (Joaquim Gomes); Acampamento Boa Escolha (Joaquim Gomes); Assentamento João Pedro Teixeira (Flexeiras); Acampamento José Elenilson (Junqueiro); Brigada Carlos Marighela (Atalia); e Brigada Quilombo (União dos Palmares).

Para o historiador e professor universitário Cícero Albuquerque, as famílias sem terra executam uma missão importante em um Estado que é marcado pelo latifúndio. “A produção de comida é um ato nobre, ainda mais em um país onde ocorre desperdício e muitas pessoas passam fome. Não basta ter boa produção, tem que distribuir”, declarou. Também parabenizou a união dos movimentos do campo e a iniciativa em realizar essa feira conjunta com a Arquidiocese de Maceió.


Educadoras do campo

As educadoras do campo ligadas a Comissão Pastoral da Terra em Alagoas (CPT-AL) também participaram da Feira para captar recursos financeiros que contribuirão nas ações do projeto “Cultivando música, cultivando arte, cultivando a vida camponesa” aprovado no Programa Ação para Crianças, da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE).

Camponeses dos assentamentos Rio Bonito e Santa Maria Madalena, além dos acampamentos Santa Cruz e Bota Velha – áreas da reforma agrária acompanhadas pela– doaram os alimentos que foram comercializados: macaxeira, abóbora, pimenta, mel, banana e melão. Até o final de abril será oficialmente implantado o projeto direcionado para crianças a partir dos seis anos de idade, além de jovens e mulheres, que terão aulas de teatro, flauta doce e artesanato em acampamentos da zona da mata alagoana.

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Comissão Pastoral da Terra – Alagoas

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