Debater sobre as causas do aquecimento global e fortalecer as iniciativas de organizações e movimentos sociais que se contrapõem ao modelo de desenvolvimento destruidor em curso. Este foi o objetivo do Seminário realizado nos últimos dias 22, 23 e 24 de setembro, em Jaboatão dos Guararapes PE. A atividade, planejada pelo Fórum nacional de mudanças climáticas, reuniu dezenas de entidades e movimentos sociais que atuam no bioma da Mata Atlântica no Nordeste.
O seminário em Pernambuco tratou da realidade da Mata Atlântica relacionado com as mudanças climáticas, o avanço do capital na região e as experiências que visam a preservação do bioma. Para Ivo Poletto, do Fórum Nacional de mudanças climáticas, é urgente que as organizações reflitam sobre a temática e que tomem consciência da importância do trabalho que já fazem para enfrentar o problema para que a questão ambiental possa ser mais um elemento de crítica à economia capitalista de mercado. “Não basta dizer que todos nós somos responsáveis pelo aquecimento global, há alguns grupos econômicos e país que se enriquecem agredindo o planeta e explorando a terra.
O desafio colocado as entidades a partir desse Seminário, segundo os organizadores, é dar continuidade às articulações entre os trabalhos e experiências já desenvolvidas pelas entidades no Nordeste. “Para ter capacidade de ação política para exigir mudanças”, complementa Ivo. Nesse sentido, foram criados comitês estaduais que possam debater as causas das mudanças climáticas e que fortaleçam as iniciativas de combate ao modelo de desenvolvimento que impactam os povos e comunidades no bioma da Mata Atlântica. Além deste Seminário sobre mudanças Climáticas na Mata Atlântica, deverão ser realizados outros Seminários que envolvam os demais Biomas do país. O Padre Jandeilson, secretário da Cáritas NE II, ressalta a importância do debate e o envolvimento da Igreja na pauta, “a Igreja está trazendo de volta temas como a terra, a Reforma Agrária. Temos que valorizar as iniciativas que já estão sendo feitas e colocar os serviços da Igreja para fazer a denúncia e o anúncio sobre esse tema.”
Setor de comunicação da CPT NE II