Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

É o cúmulo do absurdo a proposta do Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de criar incentivos para a Zona da Mata a partir da implementação do cultivo do eucalipto e palma.  Esta iniciativa destruirá de uma vez por todas o sonho de fazer a reforma agrária nas terras improdutivas daquela região. A Zona da Mata precisa urgentemente de políticas públicas para corrigir as desigualdades sociais daquele povo, a reforma agrária com incentivos é a política ideal para resgatar a dignidade e proporcionar melhores condições de vida para os trabalhadores.

Os produtores de cana-de-açúcar de Pernambuco têm uma dívida muito grande com a população da Mata: concentração de renda, o maior índice de analfabetismo e de mortalidade infantil e os altíssimos empréstimos junto aos bancos públicos que até hoje nunca pagaram.

 “Não resta outra saída para os trabalhadores da Zona da Mata de Pernambuco senão a de ocupar as terras produtivas para fazer a reforma agrária, já que o governo quer plantar eucalipto e palma onde não tem cana-de-açúcar. Na década de 90 resistimos quando o então governador Jarbas Vasconcelos insistia em trazer o eucalipto e bambu; agora, vamos mobilizar a zona da mata para se contrapor a essa política atravessada e descabida do governo federal”, conclui João Santos, Coordenador Geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco (FETRAF).


Fonte: Fetraf

 

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