Zito era um dos acampados na falida usina Nossa Senhora do Carmo e reivindicava há 7 anos, juntamente com os demais trabalhadores, coordenados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco - FETRAF-PE, a desapropriação das terras da usina, motivo pelo qual vinha recebendo várias ameaças de morte.
“É inaceitável que trabalhadores ainda sejam executados pelo simples fato de estarem reivindicando seus direitos. Vivemos num país democrático onde a luta pela reforma agrária é legítima. Em 8 de março de 2000, no acampamento da fazenda Brioza, no município de Glória do Goitá (PE), o dirigente sindical Severino Manoel dos Santos também foi assassinado e até hoje os criminosos continuam impunes.
Até quando o judiciário brasileiro deixará esses criminosos impunes? Os trabalhadores estão acampados na usina Nossa Senhora do Carmo há 7 anos, tempo mais que suficiente para o governo desapropriar as terras. Quantos trabalhadores ainda terão que morrer para que se faça a reforma agrária?”, concluiu João Santos, coordenador geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco – FETRAF-PE.
Outras informações:
João Santos – Coordenador Geral FETRAF-PE
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