Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Depois que o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) deu o aval para a CTNBio sair liberando transgênicos a torto e a direito (após rejeitar recursos apresentados por Ibama e Anvisa quando das primeiras liberações de milho transgênico), sem precisar garantir a inocuidade dos produtos, a Comissão não perdeu o ritmo nas liberações comerciais.

A última autorização, nesta quinta-feira (21/05), foi para o algodão Bollgard II, da Monsanto. Trata-se de um transgênico “de segunda geração”, que sofreu a inserção de dois genes -- neste caso para a produção de toxinas inseticidas.

A demanda por estes novos produtos deriva da rápida perda de eficiência dos transgênicos ditos “de primeira geração”. Logo os insetos-praga desenvolvem resistência às toxinas produzidas pelas plantas transgênicas Bt, e são necessários novos genes para a produção de novas variantes de toxinas. Que logo também não produzirão o efeito desejado...

Mas é esta mesmo a lógica da agricultura industrial. Não interessam sistemas agrícolas equilibrados e pouco demandantes de insumos externos. Muito pelo contrário: o importante é criar sempre novas necessidades, que serão prontamente supridas pela indústria, com produtos cada vez mais caros.

Com informações de:

Globo Rural, 21/05/2009.

 

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