Em nota, o MST, que coordena a ocupação, descreve a ação como muito violenta e diz que por algum tempo as famílias ficaram reféns dos oito homens que enquanto batia nas pessoas ameaçavam atirar a qualquer momento. O movimento denunciou ainda a postura da Polícia Militar que, ao ser informada do ocorrido, não tomou nenhuma providência. No documento do MST diz que “A postura da PM levanta muitas suspeitas de policiais militares estarem envolvidos no ato de pistolagem, pois, ainda pela manhã, a policia esteve no local com alguns homens sem fardas e encapuzados,quando questionados por que alguns estavam encapuzados e sem fardas, o comandante da viatura disse que eles não podiam ser identificados”.
Ainda segundo o movimento, mais famílias sem-terra acampadas na região estão sendo deslocadas para a Fazenda Passarinho na tentativa de coibir novas investidas dos pistoleiros contra a vida dos trabalhadores que ocupam a fazenda.
O fato já foi denunciado ao Governo do estado, ao Ministério Público de Pernambuco e Ouvidoria Agrária Nacional. A ocupação da Fazenda Passarinho faz parte da jornada de luta do MST que começou no início do mês e que tem, este ano, além do objetivo central que é agilizar a reforma agrária, a intenção de levantar o debate sobre o tema do limite da propriedade rural. Outros movimentos também fazem ocupações durante todo o mês de abril para reivindicar estas e outras pautas relacionadas à luta do campo.
Fonte: Setor de Comunicação da CPT NE 2 com infrmações do MST