Histórico
Os trabalhadores e trabalhadoras do acampamento Irmão Dorothy são em sua maioria ex-empregados do proprietário do Engenho Veneza e aguardam às margens do imóvel o julgamento do recurso do INCRA, no Tribunal Regional Federal, para que seja realizada a vistoria do imóvel que está improdutivo e que o mesmo seja destinado à reforma agrária.
O proprietário do engenho, Carlos Arimá, já foi denunciado pela prática de trabalho clandestino, pela falta de segurança do trabalhador na aplicação de agrotóxico - sem o EPI (Equipamento de Proteção Individual) -, por crime ambiental e pelas ameaças de expulsão e de morte dos posseiros. Todas essas denúncias estão sendo apuradas pelo Ministério Público do Trabalho, IBAMA, Ministério Público Estadual e Polícia Civil.
Em janeiro deste ano, os acampados Antônio Manuel da Costa e Valmir Francisco da Silva foram presos após impedirem, junto com outros sem-terra, que um trator, identificado pelos mesmos como de propriedade do Engenho Veneza, destruísse a lavoura e a casa de um dos sítios dos posseiros do engenho. Os trabalhadores foram libertos após intervenção dos advogados da Comissão Pastoral da Terra.