Na carta, além de prestar solidariedade aos trabalhadores, os movimentos criticam a paralisação da reforma agrária, a redução do orçamento do Incra, a ausência de vistorias e de assentamentos no ano de 2007 e a falta de vontade política no enfrentamento com o latifúndio. O documento exige urgência na implementação da reforma agrária.
Segue documento na íntegra:
Os Movimentos Sociais abaixo assinados, divulgam a seguinte posição conjunta em defesa da Reforma Agrária:
1. Prestar solidariedade aos trabalhadores sem terras que estão no Incra protestando contra a paralisação da reforma agrária e pela superação da grave crise em Pernambuco, ampliada pela redução do orçamento e pelas indefinições na Superintendência do Incra, com o sacrifício de uma pessoa séria e comprometida como Maria Oliveira.
2. Protestamos, sobretudo, pela ausência completa de vistorias e de ações concretas para o desenvolvimento dos assentamentos e pelo fato de que estamos praticamente no meio do ano, e a reforma agrária ainda não começou em 2007 por uma inaceitável falta de vontade política de enfrentar o latifúndio, de desconcentrar a terra e de gerar cidadania.
3. O sentimento de insatisfação e de indignação dos trabalhadores que estão hoje no Incra são os mesmos sentimentos dos milhares de trabalhadores acampados e assentados em Pernambuco, todos decididos a se mobilizar para lutar por um projeto estruturador e efetivo de reforma agrária em Pernambuco, que é o Estado de maior tensão e conflitos fundiários no País.
4. Exigimos URGÊNCIA na implantação da Reforma Agrária, com seriedade e compromissos com os trabalhadores rurais sem terras.
Recife, 16 de maio de 2007
CPT – Comissão Pastoral da Terra
Marluce Melo (88934176 - 3231445)
FETAPE – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco
Aristides Santos (92261874)
FETRAF/PE – Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Pernambuco
João Santos (91116184)