“É um contra-senso apostar no monocultivo como defesa da biodiversidade. Ao contrário, onde há monocultivo, há conflitos socioambientais. Seja na posse da terra, seja na maneira de se ocupar o território, seja na degradação e destruição do meio ambiente.”
Para Júnior, o problema está modelo herdado do período colonial baseado na concentração de terra, degradação do meio ambiente e utilização de trabalho escravo nas lavouras. Ele também avalia o crescimento de estrangeiros no setor canavieiro.
“Eles estão vindo porque há uma oportunidade de lucrar muito, pois há terra em abundância, sol o ano inteiro, água de forma privilegiada e baixos salários pagos aos trabalhadores do campo.”
Em 2008, a safra ocupou 8,5 milhões de hectares de terras no Brasil. Em 2009, houve um aumento de 7,1%. Existem cerca de 450 usinas no Brasil, controladas por 160 empresas nacionais e estrangeiras. Em 2009, 1.582 trabalhadores foram libertados pelo Ministério Público do Trabalho (MTE) de trabalhos análogos à escravidão na região Sudeste no setor canavieiro.
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Fonte: Radioagencia NP