De acordo com Carlos Lima, historiador e coordenador estadual da CPT-AL, a retirada das famílias é uma injustiça à luta do povo camponês. “A área integra a fazenda Mumbuca que foi ocupada há dez anos, e pertence à Caixa Econômica Federal, foi grilada por este fazendeiro que não tem a certidão do imóvel. As famílias lutam para que este 100 hectares sejam reconhecidos como área da Mumbuca. A coordenação da CPT considera o despejo violento e ilegal. Vamos provar que área é grilada e que pertence a Caixa!”, exaltou.
A área de conflito possui ao todo 400 hectares. Na mesma propriedade existem mais de 40 famílias plantando em outro acampamento que tem o mesmo nome da fazenda. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (incra-al) negocia há algum tempo cerca de 280 hectares para serem destinados à reforma agrária. Porém não houve qualquer acordo, e os agricultores desses 100 hectares que foram grilados pelo fazendeiro têm que deixar o acampamento até o final do dia.
Neste momento, uma tropa do Pelotão de Operações Policiais Especiais (Pelopes) encontra-se no local para garantir a ordem e a expulsão dos trabalhadores rurais da área.
Fonte: Setor de comunicação da CPT de Alagoas