No dia 1 de novembro de 2006, essas famílias retornaram à Capim, onde permanecem até hoje produzindo feijão, milho, macaxeira, batata, mandioca e outros produtos comercializados em feiras locais e na capital. Desde cerca de dois anos, a situação das famílias ganhou um novo conflito, desta vez resultante da intervenção do Estado.
A Secretaria de Agricultura à época adquiriu aquelas terras para o assentamento de famílias pela política do Crédito Fundiário. Na regulamentação do Crédito, há um impedimento de adquirir terras que passem por ocupação ou outros conflitos, o caso da fazenda Capim, desde 2003, segundo a PM. As famílias agora aguardam uma resolução por parte do Estado, que deve destinar terras também para os agricultores da associação formada pelo Crédito Fundiário.
A Secretaria do Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário permanecerá ocupada até o conflito ser superado. A expectativa de uma reintegração de posse agendada para o dia 13/12 trouxe grande parte dos atuais moradores e produtores desse acampamento. Mas a clareza de que a política de Reforma Agrária somente é executada pelo Estado quando os próprios trabalhadores se organizam para lutar por ela, fortalece a permanência dos manifestantes em Maceió.
Fonte: MST AL