De acordo José Batista, até o próximo encontro, os movimentos realizarão reuniões com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para tentar avançar no andamento da Reforma Agrária. Segundo o coordenador do MST, as entidades presentes no encontro estão preocupadas com a lentidão do processo.
Além do assentamento de terras, José Batista comenta que o orçamento do Incra para arrecadação de terras e a educação no campo também são assuntos que deverão ser discutidos nas próximas reuniões. Segundo o MST, atualmente, mais de 80 mil famílias estão acampadas e outras 40 mil estão em pré-assentamentos sem infraestrutura, crédito agrícola e assistência técnica.
Apresentação de projetos ao Congresso Nacional para tirar do Poder Executivo a responsabilidade de desapropriar terras e atualizar os índices de produtividade; criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Reforma Agrária; e mudanças no Código Florestal são algumas propostas dos ruralistas denunciadas pelos movimentos populares.
Na reunião, os dirigentes dos movimentos e organizações populares ainda entregaram ao Governo uma carta de reivindicações. Dentre demandas, pediam: o cumprimento da Constituição a respeito das áreas de indígenas e quilombolas, a efetivação do controle de agrotóxicos, o estabelecimento de limite para propriedade de terra e a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do trabalho escravo.
Além das entidades que compõem Fórum Nacional de Reforma Agrária e Justiça no Campo, estiveram presentes representantes do governo como Gilberto Carvalho, chefe de gabinete da Presidência da República; ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência; e Rolf Hachbart, presidente do Incra.
Fonte: Adital Notícias