Dessa forma, o MST da Paraíba pede as entidades defensoras dos direitos humanos que enviem ao Fórum de Pocinhos pedidos de revogação da prisão preventiva dos integrantes do Movimento.
Segundo a moção enviada pelo Movimento, no dia 1° de maio, 60 famílias montaram acampamento próximo a Fazendo Cabeça de Boi, no município de Pocinhos. A propriedade foi declarada pelo Governo Federal, em dezembro de 2008, como área para a reforma agrária.
De acordo com o relato do MST, na madruga do Dia do Trabalhador, as famílias acampadas foram surpreendidas com disparos efetuados por um grupo de homens encapuzados. Na ocasião, sete trabalhadores rurais foram capturados e torturados pelo grupo. Quando os policiais chegaram, levaram os trabalhadores detidos. "Estes trabalhadores foram detidos sob a alegação de que teriam cometido os crimes de que foram vítimas: incêndio, porte ilegal de arma de fogo, e de terem disparado contra seus agressores", afirma a moção.
Os trabalhadores foram enviados ao 2° Batalhão de Polícia, em Campina Grande, onde prestaram depoimento. Dos sete, cinco foram soltos no dia 2 de maio. Entretanto, a juíza da Comarca Única de Pocinhos, Adriana Maranhão Silva, decretou prisão preventiva aos outros dois detidos: Osvaldo Soares Meira e Nilton Tavares de Araújo.
A juíza alega que os dois integrantes do MST oferecem ameaça a ordem pública. No dia 7 deste mês, os advogados entraram com pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Estado que, até o momento, não se pronunciou sobre o caso.
No dia 19 de maio, solicitou-se o pedido de revogação da prisão preventiva dos trabalhadores, mas ainda não há resposta. Por isso, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pede às entidades defensoras da justiça e dos direitos humanos que enviem ao Fórum um pedido de revogação da prisão.
A solicitação de revogação da prisão preventiva do processo 054.2009.000288-9 deve ser enviada à juíza Adriana Maranhão Silva, juíza titular da Vara Única de Pocinhos, através do fax: (83)3384.1135.
Fonte: Adital notícias