A Comissão Pastoral da Terra de Pernambuco realiza, a partir de hoje até o dia 01 de maio, uma série de atividades em conjunto com comunidades quilombolas e trabalhadores rurais da região do agreste do estado. A ação faz parte das jornadas de formação com os trabalhadores rurais que a CPT organiza em todo o estado, desde a semana do dia 17, dia nacional de luta pela Reforma Agrária.
Durante todo o dia de hoje (27), trabalhadores rurais de acampamentos e assentamentos e comunidades quilombolas da região participam de um Seminário sobre a regularização dos territórios quilombolas.
A atividade conta com a participação da Articulação Estadual de Quilombolas de Salgueiro e com um representante Nacional do Incra, para responder sobre os processos de regularização dos territórios quilombolas, em especial, das áreas de Castainho e Timbó, localizadas no agreste de Pernambuco. Segundo Eurenice da Silva, da Comissão Pastoral da Terra do Agreste, os processos de regularização dessas duas áreas estão paralisados no Incra há vários meses e que o objetivo da atividade é cobrar e forçar o Incra a dar encaminhamento a esses processos.
Outras atividades de formação também acontecerão na região do Agreste. No dia 29, será realizado um seminário de formação sobre as migrações temporárias para o corte de cana. A atividade acontecerá no acampamento Mocois e contará com a participação das comunidades quilombolas e trabalhadores rurais assentados e acampados da região. No dia 01 de maio, a atividade será realizada no acampamento Riacho Novo, município de Pedra, também no agreste do estado.
Ao final de cada seminário, os trabalhadores rurais acompanhados pela CPT farão visitas às comunidades rurais desses municípios, onde todos os anos, milhares de trabalhadores seguem para o corte de cana em outras regiões do país. Na ocasião, serão entregues materiais educativos sobre o trabalho escravo na cana de açúcar, os direitos trabalhistas e sobre a possibilidade de construção de um outro modelo de agricultura, a partir da Reforma Agrária. Também serão exibidos os vídeos “Bagaço” que retrata a realidade dos trabalhadores e trabalhadoras rurais vítimas da exploração do monocultivo da cana, além do documentário “Do Bagaço a liberdade”, que mostra como os trabalhadores que antes eram explorados no corte da cana encontraram uma saída para reconstruir suas vidas com dignidade.
Material de divulgação
Outras informações:
Eurenice da Silva
CPT Agreste
Fone: (81) 9949-5917
Renata Albuquerque
Comunicação CPT NE 2
Fone: (81) 9254-2212