Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

\"\"O fim da era Bush, guerras no Oriente Médio, empoderamento dos movimentos sociais e, de pano de fundo, o emblemático problema do desafio e da resistência que é a Amazônia. É nesse contexto que - de 27 de janeiro a 1º de fevereiro - centenas de entidades, organizações, ativistas e militantes dos mais variados países se encontrarão na IX edição do Fórum Social Mundial, que acontecerá em Belém (Pará). Na leva de atividades, estão palestras, marchas, debates, painéis, oficinas, atrações artísticas, atos públicos, etc, que serão levadas à frente por uma multidão aglomerada seja em questões indígenas, econômicas, ambientais, de direitos humanos. O lema, para todos e todas, continua sendo a certeza de que um mundo melhor ainda é possível.

Além dos objetivos semelhantes aos dos Fóruns anteriores, como a luta por um mundo de paz, igualitário e pela construção de um mundo político e econômico mais democrático, esta edição ainda contará com o objetivo de defender a natureza, não somente a Amazônia, mas também outros ecossistemas, assim como os povos que dela vivem.

Para Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), que integra o comitê organizador do FSM 2009, "o Fórum surgiu contra o mundo global Neoliberal". E, segundo ele, os últimos acontecimentos internacionais como o fim do Governo Bush, a Guerra no Oriente Médio, a Crise Econômica, as mudanças climáticas e outras crises são resultado do modelo Neoliberal, o qual o poder gira em torno do dinheiro.

De acordo com Cândido, o poder deveria ser invertido do global para o local, pois não se pode usar o mesmo modelo para todo o mundo, já que cada região é diferente uma da outra, possuindo especificidades e necessidades distintas. O modelo de civilização e desenvolvimento, tendo o comércio e o lucro como principais objetivos estão gerando as guerras, as crises, entre outras conseqüências. Para o diretor, o ideal seria "usar a capacidade e os recursos que temos sem precisar matar ou destruir o meio ambiente para sobreviver", comenta.

Cândido explica que não há, no Fórum, uma temática predominante, pois as atividades são propostas por pessoas de todo o mundo. Entretanto, devido ao contexto atual e por esta edição acontecer na Amazônia, muitas discussões serão destinadas à temática do meio ambiente, assim como as lutas pela preservação dos territórios indígenas.

Para o diretor, o local escolhido, juntamente com a atual conjuntura internacional de crise, nunca foi tão propício para a realização de um Fórum Social Mundial. "É a oportunidade de mostrar o que queremos", afirma.

O FSM é um espaço que estimula o debate, a reflexão, a formulação de propostas, a troca de experiências e a articulação entre organizações e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um mundo melhor, mais solidário, democrático e justo.

As matérias do projeto "Ações pela Vida" são produzidas com o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade da CF 2008.


Fonte: Adital Notícias

 

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