Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

O Observatório das Multinacionais divulgou a lista das dez piores corporações transnacionais de 2008. Na lista, há desde empresas financeiras e petrolíferas às indústrias dos setores alimentício e farmacêutico. Em ordem alfabética, destacam-se: AIG, Cargill, Chevron, Constellation Energy, CNPC, Dole, General Eletric, Imparial Sugar, Philip Morris International, Roche. A entidade que monitora as atividades das multinacionais afirma que, se tivesse de eleger uma empresa como responsável pela crise financeira atual, escolheria a American International Group (AIG), que já absorveu mais de 150 bilhões de dólares em ajudas pagas com dinheiro de todos os contribuintes.

A lista denuncia os lucros exorbitantes obtidos pela Cargill com a crise nos preços de alimentos no final de 2007 e início de 2008, quando vários países e consumidores pobres ficaram a mercê do mercado mundial e dos gigantes corporativos que dominam o setor de alimentos. O lucro da empresa chegou a um bilhão de dólares no segundo quadrimestre de 2008.
 
O caso da empresa Chevron também é citado pelo Observatório. Em 2001, a empresa comprou a Texaco, porém não estava disposta a arcar com a responsabilidade da Texaco por suas violações dos direitos humanos e do meio ambiente. A Chevron conseguiu que os tribunais estadunidenses rechaçassem o processo, iniciado em 1993, contra a Texaco, por violações dos direitos de indígenas equatorianos.

Atualmente, o caso está sendo julgado no Equador e pode determinar que a empresa pague mais de 7 bilhões de dólares em indenizações. Caso seja conferida essa sentença, a companhia transnacional já articula uma negociação para que a Câmara de Comércio Estadunidense imponha sanções comerciais ao Equador se o governo equatoriano não arquivar o caso.

A refinaria de açúcar Imperial Sugar, localizada em Port Wentworth, Georgia, também, faz parte da lista. O motivo: uma explosão que provocou a morte de 14 mortos e queimaduras em dezenas de trabalhadores. A explosão foi provocada por negligência da empresa por não limpar o acúmulo de pó procedente do açúcar que se tornou altamente inflamável.

A empresa farmacêutica Roche, da Suíça, é denunciada em relação aos medicamentos para tratar o HIV. Segundo o Observatório, a Roche recebeu, em 2007, 266 milhões de dólares pelo medicamento Fuzeon. A empresa cobra dos estados 25 mil dólares por ano para proporcionar-lhes o medicamento e não oferece nenhum desconto aos países em desenvolvimento. 


Para saber mais detalhes sobre as empresas citadas acima e as outras que compõem a lista, acesse o site: http://www.multinationalmonitor.org/mm2008/112008/weissman.html


 

Fonte: Adital Notícias

 


 

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