A concentração se deu em frente a Assembléia Legislativa, de onde partiram em marcha com apitos, balões e faixas, as crianças e jovens reivindicando o direito a escola de Educação Básica nas áreas de assentamentos e acampamento de Reforma Agrária do MST.
Ao se aproximarem da Secretaria de Educação, as crianças que marchavam gritavam: ocupar, resistir e produzir! Ao perceberem a movimentação, os seguranças e policiais fecharam as portas do órgão, impedindo a entrada de todos. A ação, porém, não conteve a animação, e não demorou muito para que os Sem Terrinha e jovens interditassem a entrada do prédio. Como também não demoraram a chegar as oito viaturas da Polícia Militar e da CIOSAC (Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Àrea da Caatinga), o que também não intimidou os Sem Terrinha que logo puxaram a palavra de ordem: polícia pra ladrão, pra Sem Terrinha não! Movimento Sem Terra: Por escola, terra e dignidade!
Enquanto nenhuma pessoa da Secretaria de Educação aparecia, os Sem Terrinha embalados pelas canções de luta pintavam as portas da sede e deixavam suas marcas nas paredes. Em pouco tempo, a porta que era escura ficou colorida, ficou tomada de arte. E vendo toda a movimentação das crianças, que ameaçavam quebrar os vidros da secretaria, foi solicitado o encontro com uma comissão de negociação.
A comissão foi composta por 15 pessoas, que contou com Sem Terrinha e jovens estudantes e intergarntes da direção naciomal do movimento. O secretário de Educação se encontrava em viagem e a comissão foi recebida pela secretária executiva e o chefe de gabinete, que se comprometeram a apresentar a pauta ao secretário.
A reunião durou mais de uma hora e foram conquistados avanços importantes, principalmente no que tange à construção de escolas. Nesta semana os assentamentos recebem visitas de técnicos da Secretaria para a realização do levantamento dos locais onde serão construídas as escola de educação básica. Na audiência ficou acertado ainda uma reunião na terça-feira (28/10) para se acertar o desdobramento dos demais pontos de pauta, bem como agendado de uma reunião com o secretário de educação.
A mobilização terminou com muita animação e deixando o recado que só com mobilização teremos solução. Foram mais de três horas de protesto. Após a audiência, todos se dirigiram à festa de imissão de posse do acampamento Chico Mendes, um símbolo de resitência no estado.
Fonte: MST