De acordo com o relatório do GT, a comunidade de Tabacaria foi identificada pela primeira vez como “comunidade quilombola” em julho de 2005. A certificação foi publicada em setembro de 2005 no D.O.U.. Nesse período um pequeno acampamento foi expulso de onde estava pela construção da Barragem de Bálsamo (para abastecimento de água à cidade de Palmeira dos Índios. O grupo montou, então, um novo acampamento do lado de fora da porteira da fazenda da CONDIC, onde muitas das avós e bisavós vivas de Tabacaria nasceram e “fizeram família”, como elas dizem. A adesão inicial de parte da comunidade ao grupo de sem-terras se transformou em demanda por demarcação de território quilombola.
Além do reconhecimento e declaração, a portaria publicada hoje acompanha o memorial descritivo, limites e confrontações. Após o reconhecimento, é realizada vistoria e, concluído o processo, vem a fase final, que é a titulação por meio de decreto presidencial.
Desde 2003, a partir do Decreto nº 4.887, o Incra passou a ser responsável direto pelo trabalho de demarcação, identificação e titulação dos territórios remanescentes de quilombos no País. Cabe à Fundação Cultural Palmares a emissão da certificação do registro no cadastro geral de remanescentes de comunidades quilombolas, baseada na autodefinição. No estado, existem 21 comunidades certificadas pela Fundação.
Fonte: Alagoas 24 horas