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A expectativa de anistia aos desmatadores oferecida pela votação da reforma do Código Florestal na Câmara dos Deputados, nesta terça (24), abre espaço para o aumento do desmatamento no Brasil, a exemplo do que já vem acontecendo nos últimos meses, principalmente no Mato Grosso. Mas as mudanças propostas no relatório ainda não estão valendo.
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Movimentos sociais e ONGs vão ao Congresso Nacional para denunciar propostas do deputado Aldo Rebelo
Com a votação da reforma do Código Florestal marcada para esta terça-feira (24), mil e quinhentos militantes de organizações da sociedade civil marcharam, pela manhã, na Esplanada dos Ministérios. “Somos contrários às mudanças que venham prejudicar a agricultura familiar e camponesa. O relatório do Aldo [Rebelo – PcdoB-SP] é do agronegócio, dos desmatadores do meio ambiente”, disse, de cima do carro de som, Roseli Sousa, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
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Oito ex-ministros do Meio Ambiente se reuniram na tarde de hoje na Câmara Federal para tentar impedir a votação do projeto de lei de um novo e temerário Código Florestal.
Oito ex-ministros do Meio Ambiente se reuniram na tarde de hoje na Câmara Federal para tentar impedir a votação do projeto de lei de um novo e temerário Código Florestal. Marcada para amanhã, a votação do texto de autoria do deputado Aldo Rebelo – que institui tudo menos a proteção às florestas – fez com que representantes do Meio Ambiente de governos anteriores se reunissem em Brasília para pedir o adiamento da votação da lei. “Como receber chefes de estado ano que vem na Rio+20 depois de votar reforma desse Código Florestal?”, disse o ex-ministro do governo Lula, Carlos Minc.
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O debate sobre o Código Florestal vai além, muito além, da fita métrica que os ruralistas estão usando para acabar com a reserva legal nas propriedades rurais e encolher as faixas de proteção de nossos rios e encostas. Por detrás de toda a discussão, existe uma agenda do setor, liderado pelo grande agronegócio e os representantes de seus interesses no Congresso, para eliminar os limites sociais e ambientais fixados para o uso da terra. Depois do Código, estão na alça de mira os benefícios da agricultura familiar, a liberação do uso de agrotóxicos e a flexibilização do Código de Defesa do Consumidor.
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