Segundo a assessoria de Imprensa do movimento, atualmente, há cerca de 1,5 mil pessoas no local, incluindo representantes de 16 povos indígenas da Bacia do São Francisco. As informações são da Agência Brasil.
As pessoas contrárias à obra enterraram um marco de concreto usado para medições topográficas. Elas fincaram uma cruz de madeira para simbolizar o “enterro” do projeto de transposição. Os índios trucás dançaram e cantaram. Duas camionetes do Exército pararam a cerca de cem metros da entrada de uma fazenda invadida, a Mãe Rosa. Manifestantes portando facões e foices correram em direção à porteira. Os veículos, porém, retornaram.
O protesto reúne lavradores, quilombolas, índios e sindicalistas de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Ceará. O bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, visita hoje o local. Em 2005, ele fez greve de fome contra a transposição.
Os manifestantes aguardam comunicado da Advocacia-Geral da União (AGU) de reintegração de posse para decidir se irão desocupar a área ou partir para o enfrentamento. Segundo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, a área ocupada já foi desapropriada para a execução das obras, portanto é de propriedade da União. A AGU irá propor uma ação de reintegração de posse do local.
Fonte: Folha de Pernambuco. Publicado em: 28/06/2007.