Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

A comunidade quilombola do Engenho Bomfim, da Paraíba, conquistou uma vitória na luta pela regularização de suas terras. Nesta sexta-feira, dia 20, será assinado, pela Presidência da República, o decreto que regulariza aproximadamente 122 hectares de terras que passarão a pertencer as 22 famílias quilombolas que vivem no território. A ação acontece no dia em que se relembra o assassinato, há 314 anos, de Zumbi dos Palmares, um dos símbolos da resistência negra contra a escravidão.

A comunidade de Engenho do Bonfim, localizada no município de Areia, a 122 km de João Pessoa, será reconhecida como território quilombola, por meio da declaração de interesse social da área que ocupam e que seus antepassados ocuparam se refugiando do regime de escravidão. A propriedade, que abriga o Engenho Bonfim, atualmente desativado, foi vendida há cerca de sete anos e se transformou em área de conflito. Os novos donos tentaram retirar os 66 moradores, que estão na área há pelo menos 25 anos. Algumas famílias moram nas terras há mais de 90 anos

Além dessas 22 famílias, outras 3.818 também terão seus territórios reconhecidos nesta sexta-feira. São mais de 342 mil hectares de terras que serão finalmente reconhecidos como território quilombolas, em 14 estados brasileiros.


Setor de comunicação da CPT NE 2, com informações da assessoria de comunicação do Incra PB

 

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