Este ano, a manifestação teve como foco central a realização do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, que aconteceu durante toda a semana da pátria e se estenderá até o dia 12 de setembro em todo o país. O Plebiscito Popular consultará toda a população brasileira sobre a necessidade de limitar o tamanho da propriedade de Terra no país. A ação é fruto da luta contra o latifúndio no Brasil, que é o segundo país que mais concentra terras no mundo, perdendo apenas para o Paraguai. “O latifúndio, a concentração de terras, foi quem primeiro criou a exclusão do povo brasileiro, de índios, negros, de comunidades tradicionais. O povo foi sendo excluído de seu próprio território para dar vez à cerca, ao latifúndio e ao agronegócio.” Afirmou, durante a manifestação do Grito, o militante da Via Campesina e da CPT, Plácido Júnior.
Durante o ato, o Arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido, também ressaltou a importância do envolvimento e participação popular na luta pelo Limite da Propriedade da Terra: “Quantas pessoas precisam de terra para plantar e trabalhar, mas não podem por causa do latifúndio?”.
Ao todo, mais de seis mil pessoas de diversos movimentos sociais do campo e da cidade, pastorais sociais, estudantes e religiosos estiveram presentes na manifestação. Os participantes do Grito se concentraram no início na manhã na Praça Oswaldo Cruz, bairro da Boa Vista e seguiram em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista até chegar no Pátio do Carmo, quando terminaram a manifestação com uma grande Ciranda.
Setor de Comunicação da CPT NE II