Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

 
 
Mil bandeiras nas ruas.
Não posso ser contra!
Contra o que? Contra quem?
 
Por que tremulam as bandeiras?
Por que as pessoas estão nas ruas?
Já nos perguntamos?


As bandeiras "antigas" não devem ser esquecidas,
abandonadas, negadas, muito pelo contrário, devem ser atualizadas,
quando não, lavadas, costuradas e guardadas, pois já evidenciam
as marcas do seu tempo.

Já as "novas" bandeiras, brilhantes e fortes,
devem tremular no mais alto mastro, pois elas carregam
um tempo outro, uma forma outra, um devir a construir.

As cores destas "novas" bandeiras devem ser pintadas pelas mãos
de quem constrói o nosso País: o campesinato, os povos originários,
os povos quilombolas, as populações tradicionais, estudantes,
os empobrecidos, a classe trabalhadora.

As "novas" bandeiras, já no alto, devem ser mescladas com
as "antigas causas", claro, atualizadas ou pelo menos tingidas com
as cores das "antigas" bandeiras.
Pois, as bandeiras que tremulam nos mastros,
empunhadas pelos povos nas ruas, não carregam apenas as marcas do seu tempo,
carregam as lutas e memórias dos mártires, que sempre estiveram nas ruas e nos campos.

 

* Escrito por Plácido Júnior, geógrafo e agente da CPT NE II

 

 

 

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